...... Fanfiction - Como Num Sonho - Cap. 2

Konbanwa
(こんばんは)
Boa noite!!

Apesar de ser 3 e tanto da manhã, como ainda tá escuro, vou dar boa noite mesmo rsrsr.

Sábado é dia de Fanfiction no Dimensão Paralela! 

Estou trazendo a vocês o segundo capítulo da Fanfiction " Como Num Sonho "

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Como Num Sonho


Sinopse:
Ele sempre estava lá, sempre olhando para o mar tortuoso, sempre de costas para mim, sempre nas sombras, só me era permitido ver seu perfil. Ele apenas ficava lá, parado, apenas seus cabelos se moviam ao vento. Eu não sabia quem ele era, eu não conhecia seu rosto, mas de alguma maneira indecifrável, eu o amava.

Classificação: +16
Categorias: Naruto
Gêneros: Amizade, Darkfic
Avisos: Álcool, Heterossexualidade
Personagens: Hyuuga Hanabi, Hyuuga Hiashi, Hyuuga Hinata, Uchiha Itachi, Uchiha Madara, Uchiha Sasuke, Uzumaki Naruto.

Autores: Ryuu_bwp, SasuHina_forum, SasukeHina_fans.
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Pra quem perdeu o primeiro capítulo, clique no banner lá embaixo onde está escrito Cap.1 e leia as seguintes instruções:


Instruções
Algumas fanfictions tem personagens de diversos mangás e animes misturados, outros apenas do mesmo autor.
Cada fanfiction vai vir com informações gerais sobre idade, classificação, autor e afins.
A cada Fanfiction terminada, iniciaremos outra pra mantermos sempre os sábados com histórias, ok?

Aproveitem a leitura! ^^,  


________________Capítulo 2_______________
"o sonho e o garoto loiro"

Eu estava em frente ao meu lugar favorito, aquele café onde eu sempre ia... Notei que se chamava ‘Noon’, ‘Noon’s café’. Era um sonho. Sorri para mim mesma observando o letreiro acima da porta do recinto. Eu sempre sabia quando sonhava. Sempre. Entrei notando que alguém entrava atrás de mim, me virei para ver quem era e quase trombei com o garoto loiro que conhecera no lugar, na vida real. Ele sorriu e me encarou com aqueles seus olhos azuis brilhantes e um horizonte novo se estendeu a minha frente, estava hipnotizada pela alegria antiga e a solidão que aqueles olhos encerravam. Ele se aproximou mais de mim, tocando meu queixo com os dedos, erguendo-o para me ver melhor, sorriu novamente e seus olhos se fecharam enquanto ele se aproximava mais para me beijar...
       A cena se desfez, o loiro e o café sumiram e eu estava parada no meio de uma rua escura, debaixo da única luz que funcionava, comecei a andar, mas logo estava correndo, com medo de alguma coisa que estava me perseguindo, havia passos e risadas atrás de mim e isso me desesperava, mas por mais que eu corresse nunca saberia para onde, estava correndo no breu total, não havia nenhuma luz. Então eu alcancei uma calçada e vi a lua minguante no céu. Começou a chover forte, uma tempestade, um tapete de areia se estendeu diante de mim junto com o imenso mar azul-marinho que estava tortuoso por causa da tempestade, a maré tão alta que a água pôde tocar meus pés quando me aproximei. Foi aí que eu o vi. A silhueta de um homem, seu sobretudo esvoaçava assim como os cabelos escuros, ele parecia solitário ali, olhando para o mar como se estivesse decidindo se devia ou não se jogar nele e se afogar. Quando ele deu o primeiro passo em direção ao mar, eu gritei, ele parou e pareceu respirar fundo, então virou seu rosto para mim, um relâmpago o clareou rapidamente, mas eu não pude ver sua fisionomia, vi apenas que estava sorrindo e olhando para mim, então, seu sobretudo começou a se desfazer em pétalas negras e depois ele mesmo e eu gritei.

       - Nee-san!!! Eiiiii, Nee-san? – ouvi Hanabi bater na porta do meu quarto.
       Aquele sonho. Um sonho. Apenas um sonho. Eu precisava acalmar meu coração acelerado.
       - Já vou... – eu gritei para ela, grogue.
       - Vista-se logo, ou vai se atrasar... – ela saiu.
       Suspirei. Um sonho... E eu ainda estava tão preocupada... Seriam presságios? Sinais? Ele estaria morrendo? Ou queria morrer? Comecei a me arrumar para ir ao colégio numa tentativa vã de tirar essas perguntas da cabeça e me peguei desejando voltar a dormir para sonhar com ele... Eu queria tanto falar com ele... Queria tanto ajudá-lo... Queria tanto estar nos braços dele... Eu o amava tanto... Amava? Sim, - confessei a mim mesma – eu o amava. De uma maneira sem sentido, completamente insana. Eu não o conhecia, não sabia se era um ladra, um estuprador, um drogado, um suicida, um doente, um idiota burro... eu nem sabia se ele era real! No entanto, ele era o garoto pelo qual eu esperaria a vida toda. Apenas ele, fosse ele quem quer que fosse... Porque no fundo, eu tinha certeza de que ele existia e estava destinado a ser meu tanto quanto eu já lhe pertencia.

       Sai correndo de casa, pegando uma maçã da mesa do café da manhã antes de sair.
       - Ittekimasu* – me despedi
       Hanabi me seguiu correndo.
       - Nee-san, você vai ver a minha peça de teatro, não vai?
       Parei e me virei para ela, me abaixando de maneira a deixar nossos rostos no mesmo nível.
       - É claro. Eu não perderia isso por nada. – pisquei. – estarei lá, eu prometo.
       Ela sorriu satisfeita e eu voltei a minha pressa; abrindo a porta da frente e saindo em disparada.
       - Ja ne – disse fechando a porta ao sair correndo para fora da propriedade.

       Olhei para o relógio do celular. Droga, já estava muito atrasada.
       Senti meu corpo bater contra algo solido e voltar para trás. Cai sentada no chão, ouvindo o barulho de livros caindo no chão e um palavrão baixo.
       - Não olha por onde anda? – perguntei rispidamente, olhando para os all stars no pé do desconhecido.
       - Eu é que pergunto! – ele me respondeu asperamente.
       Ergui os olhos para encará-lo e nós nos reconhecemos ao mesmo tempo.
       - Garoto do café. – disse me levantando
       Ele me ajudou.
       - Garota do chocolate quente... – ele sorriu – Como vai?
       Suspirei e comecei a ajudá-lo com os livros no chão.
       - Bem – eu disse lhe entregando uns dois que ele ainda não havia juntado.
       - Valeu...
       Eu estava me esquecendo de alguma coisa...? Ahhh não...
       Corri até o portão do colégio. Estava fechado.
       - Maldição! – resmunguei.
       Suspirei, dei meia volta e passei direto pelo loiro.
       - Matar aula? – ele perguntou.
       Dei de ombros.
       - Não se pode entrar depois que o portão fecha a menos que tenha um bom motivo. – expliquei – dormir demais não é um bom motivo...
       - Onde vai então ? – ele me seguiu.
       - O café. – dei de ombros.
       Ele continuou me seguindo até lá.
       Parei na frente no lugar e olhei para o letreiro. Idêntico ao sonho. ‘Noon’s café’. Meu subconsciente sempre soube...
       Um ice Berg – me lembrei – a mente humana é um enorme ice Berg. 90% oculto abaixo da água e 10% visível. Usávamos apenas 10% de toda a nossa capacidade mental... Isso era tão estúpido. Deus nos havia amaldiçoado assim. ‘E farás uma coisa de cada vez para sempre’ disse ele no início. Frustrante. Mas, se você pensasse bem, era até bom que não tivéssemos acesso a esses 90%, caso tivéssemos, eu ouvira dizer, poderíamos mover objetos apenas com esse poder... O poder da mente uuuuuuh, assustador. Eu achava que era por isso que se você olhasse fixamente para a nuca de alguém a pessoa acabava tocando ou coçando o local... Essas coisas eram coisas interessantes. Eu gostava de coisas assim, costumava brincar com isso nos lugares, comigo, pelo menos, sempre funcionava.
       - No que esta pensando? – o loiro me trouxe de volta ao mundo sensível.
       - Estava pensando nos ice bergs – disse entrando.
       - Ice bergs? – ele franziu o cenho se sentando a minha frente como no dia anterior.
       - Sim – eu disse simplesmente.
       - Interessante... – ele me olhou como se eu fosse um caso perdido. – melhor não contrariar, não é? – resmungou para si mesmo.
       - Eu ouvi isso!
       Ele sorriu.
       - Isso o que? – se fez de inocente.
       - Baka* – murmurei
       - Vão pedir agora? – uma garçonete nos atendeu.
       - Quero um...
       - Chocolate quente! – eu o interrompi – dois. Um para mim e um para ele. E aquela torta de chocolate que eu gosto...
       A garçonete sorriu.
       - É claro... – ela se retirou.
       - Chocolate quente? – arqueou uma sobrancelha.
       - Você precisa experimentar... café é uma bebida para idosos. – ele revirou os olhos para mim – Você não devia fazer isso uú – repreendi.
       - Você não devia fazer pedidos no meu lugar. – retrucou.
       - Mas você ia pedir café! – argumentei.
       Ele sorriu.
       - Você tem razão. Preciso experimentar algo assim...
       A garçonete trouxe o pedido e se retirou.
       O loiro bebericou desconfiado e então tomou um grande gole. Sorri.
       - Vê? É a melhor coisa do mundo!
       Ele sorriu enquanto eu tomava um gole do meu.
       - Como passou a noite? – perguntou casualmente.
       - Você quer dizer, ‘como foi com seu suposto namorado’ não é? – perguntei.
       - É... – ele admitiu sorrindo.
       Cortei um pedaço da torta o coloquei na boca.
       - Ele é terrível. – eu disse – é meu ex-namorado. Tivemos uma pequena discussãozinha... nada que valha a pena comentar... E como foi sua noite ontem?
       Ele deu de ombros.
       - Ahh, nada de mais. Você dormiu bem?
       - Dormi pouco. – dei de ombros. – e você?
       - Sonhei... – ele disse distante.
       - Foi bom? – perguntei mastigando mais um pedaço da torta.
       - Um pouco...
       - Sempre é bom sonhar... – eu disse.
       - Nem sempre... – ele contestou
       - Sempre.
       - Até mesmo quando se tem um pesadelo?      
       - Sim.
       - Louca.
       Eu o encarei.
       - Os sonhos e pesadelos não são reais. – disse.
       - E o que tem isso?
       - O mundo real esta podre. – fiz uma careta.
       Ele uniu as sobrancelhas.
       - Por que acha isso?
       - É um fato. – dei de ombros.
       - Explique.
       - Olha só, eu vejo as pessoas partirem, como o dia que amanhece e escurece, sem agente perceber... E não se pode fazer nada quanto a isso...
       - As pessoas partem nos sonhos também...
       - No sonho não é real. – dei de ombros
       Ele não contestou mais, apenas sorriu.
       - Então, o pesadelo é melhor porque acaba?
       Dei de ombros e não respondi.
       Ele se recostou na cadeira me observando.
       Meu celular tocou.
       - Alô? – atendi
       - Hinaa! É o Kiba, onde você ta? Por que não veio pra aula?
       - Kiba... hmm... muito atrasada. – expliquei
       - E onde você ta agora?
       - Eu conto amanhã.
       Ele pareceu desanimar.
       - Estava pensando se podíamos sair mais tarde...
       - hm, eu não vou poder, vou à peça de teatro da minha irmã...
       - Ahhh, ok, ei, Hina-chan, vou desligar, a professora acabou de entrar...
       - Ja ne – desliguei.
       O loiro estava me olhando ainda com uma expressão de curiosidade.
       - Tem muitos amigos, não é?
       Desviei os olhos e não respondi. Não, não tinha. Apenas Kiba e Shino.
       Eu não era descolada e super-popular, eu era a estranha e aparentemente rebelde, usava meias 7/8 e uma bota que alcançava quase meu joelho para ir para a escola, querendo ou não, às vezes, isso assustava os outros alunos. Ao que parecia, Kiba era o único que apreciava meu estilo estranho tão parecido com seus gostos musicais e para Shino... bem, ele não se importava, me considerava uma boa pessoa e isso bastava para nossa amizade. Eles eram os únicos que entendiam.
       Voltei a olhar para o garoto loiro à minha frente. Seus olhos estavam fixos em algum lugar no horizonte atrás de mim. Percebi que ainda não sabia seu nome, mas não havia necessidade de saber... Era um interesse que eu não tinha e não queria dar a impressão de ter.
       Ele parecia solitário de uma maneira estranha, parecia estar perdido, estar em crise e sofrendo por algo, mas tudo isso estava sob controle, tudo contido naqueles olhos azuis. Eu duvidava de que qualquer outra pessoa pudesse notar aqueles sentimentos, seu sorriso era a fachada perfeita. Não havia falhas ali. Ele fingia muito bem.
       Devo ter tomado mais uma xícara de chocolate, e ter lido algumas paginas do meu romance enquanto ele continuava quieto, admirando o horizonte totalmente absorto em seus próprios pensamentos.

       - Hora do almoço! – ele disse de repente, me assustando.
       Ele já tinha se levantado.
       - Ja ne. – disse eu.
       - Vai almoçar aqui? – perguntou
       - hm, provavelmente não vou almoçar... – me encolhi - por hora, tudo o que posso pagar é chocolate quente e um pedaço da minha torta favorita... Esqueci meu bentô* em casa...
       Ele segurou meu pulso e me puxou.
       - Vou levá-la para almoçar comigo, então. – decidiu, deixando umas notas sobre a mesa e me puxando atrás dele, com os livros no outro braço.
       - Q-q-quê?
       O que ele estava pensando? Levar uma estranha para dentro de casa?
       Ele continuou me puxando, para fora do café, para a praça, até um prédio não muito elegante, naquele mesmo bairro. Nós entramos e subimos as escadas até um sexto andar. Só soltou meu braço quando passei pela porta que ele abriu para mim e entrei no apartamento bagunçado e grande. Havia umas duas caixas de pizza no sofá e roupas no chão junto a uma porção de latinhas de refrigerante.
       - Meu colega de quarto não é muito organizado... – ele se desculpou coçando a cabeça sem-graça.
       - Bem normal... afinal, dois garotos morando juntos...
       - Três, na verdade... – ele me corrigiu.
       - Quem?
       - Um amigo e o irmão dele... – ele explicou. – Vim pra cá não faz muito tempo, não tenho idade suficiente pra morar sozinho então...
       - Entendo.
       - Na-ruto... – um garoto de cabelos castanhos compridos apareceu na porta que dava para um corredor escuro, bocejando.
       Ele parecia ter acabado de acordar. Estava sem camisa, com uma calça moletom e mal conseguia abrir os olhos, totalmente grogue, mas mesmo assim ele era uma visão, o abdômen pálido bem delineado, as veias nos braços esculpidas cuidadosamente em alto relevo, o cós da cueca branca aparecendo, os cabelos castanhos bagunçados na altura dos ombros se soltando do prendedor na nuca... ele era com certeza mais velho e bonito... muito bonito...
       - Não acredito que acabou de acordar... – O loiro fez uma careta.
       O garoto mais velho sorriu e esfregou os olhos, bocejando novamente.
       - Você devia seguir o meu exemplo enquanto ainda pode... – ele finalmente despertou, abrindo as pálpebras por inteiro e ergueu os olhos para enxergar o colega. – Fez o almoço?
       Ele tinha olhos negros, com olheiras abaixo deles, cheios de mistério e profundidade, ele me lembrava alguém... eu não sabia quem. Fiquei sem reação quando ele fixou seu olhar firme sobre mim.
       - Uma garota! – exclamou meio surpreso, meio animado.
       - Hyuuga Hinata – me apresentei, corando um pouco.
       Ele sorriu e estendeu a mão.
       - Itachi – disse apenas enquanto eu pegava sua mão.
       Inesperadamente, ele me puxou para perto dele e eu senti meu rosto arder um pouco quando ele me parou a centímetros do seu, olhando dentro dos meus olhos como se pudesse ver a minha alma.
Itachi uniu as sobrancelhas por um momento.
       - Você tem olhos diferentes... – ele disse soltando minha mão – mas eu gosto. – sorriu levemente enquanto eu me recompunha. – e então Naruto, o almoço? – ele se virou para o loiro.
       - Lamen – ele desviou os olhos.
       - De novo essa porcaria? – Itachi reclamou.
       - Se não quiser faça algo você mesmo. – Naruto respondeu, irritado.
       O outro o ignorou seguindo para a cozinha. Não pude deixar de notar as suas costas quando ele se virou, as duas cicatrizes paralelas, parecendo recentes, como se alguém tivesse cortado sua pele profundamente, ali. Senti uma ânsia de perguntar o que tinha acontecido, mas me contive.  
       Naruto me guiou para a cozinha e nos três nos sentamos na mesa de quatro lugares e comemos. Quer dizer, eu comia um prato enquanto eles repetiam varias vezes...
       - Ótimo! – Itachi recostou-se na cadeira, parecendo satisfeito.
       Naruto suspirou concordando.
       Ri baixinho deles, me levantei e juntei os pratos levando-os para a pia e começando a lavá-los. Não era do meu feitio fazer esse tipo de coisa, mas eu estava grata à eles.
       - Hinata... – O loiro começou.
       - Não se preocupe. – coloquei um ponto final no assunto.
       - Você é uma garota legal, Hinata – Itachi me disse – e bonita. – acrescentou – realmente bonita...
       Ouvi um barulho alto e me virei imediatamente para ver o que tinha acontecido.
       Itachi estava deitado no chão, ainda sentado na cadeira com uma expressão de surpresa e o loiro, Naruto, ria maliciosamente.
       Itachi se levantou vagarosamente, com um sorriso maroto nos lábios.
       - Fazia tempo que eu não ouvia essa risada...
       Naruto parou de rir imediatamente. E Itachi suspirou.
       - Vou sair. – ele avisou. – trabalhar... volto a noite e quero o jantar pronto – ele disse indo para o corredor.
       Não o vi novamente, apenas alguns barulhos e um ‘ittekimasu’ antes do bater da porta.
       Terminei de lavar a louça e me sentei em frete ao loiro.
       - Por que ele disse aquilo? – perguntei intrigada
       Ele desviou os olhos.
       - Meu padrinho... – ele disse baixo – ele morreu...


> fim do segundo capítulo       


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