...... Fanfiction - Como Num Sonho - Cap. 3

Ohayou Gozaimasu
(おはよう ございます) 
Bom Dia!!
  
 
Desculpem-me o atrasado, mas aqui vai o capítulo 3 da Fanfiction "Como Num Sonho"
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Como Num Sonho


Sinopse:
Ele sempre estava lá, sempre olhando para o mar tortuoso, sempre de costas para mim, sempre nas sombras, só me era permitido ver seu perfil. Ele apenas ficava lá, parado, apenas seus cabelos se moviam ao vento. Eu não sabia quem ele era, eu não conhecia seu rosto, mas de alguma maneira indecifrável, eu o amava.

Classificação: +16
Categorias: Naruto
Gêneros: Amizade, Darkfic
Avisos: Álcool, Heterossexualidade
Personagens: Hyuuga Hanabi, Hyuuga Hiashi, Hyuuga Hinata, Uchiha Itachi, Uchiha Madara, Uchiha Sasuke, Uzumaki Naruto.

Autores: Ryuu_bwp, SasuHina_forum, SasukeHina_fans.
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Para você que quer ler os primeiros capítulos, basta clicar nos links abaixo, logo depois ler as instruções: 





Instruções
Algumas fanfictions tem personagens de diversos mangás e animes misturados, outros apenas do mesmo autor.
Cada fanfiction vai vir com informações gerais sobre idade, classificação, autor e afins.
A cada Fanfiction terminada, iniciaremos outra pra mantermos sempre os sábados com histórias, ok?

Aproveitem a leitura! ^^,  


________________Capítulo 3 _______________
"desconfio"

Era incrível como ele me envolvia. Em geral, eu costumava enjoar das pessoas com rapidez, o papo sempre ficava chato e irritante, mas com ele era diferente, eu não entendia como podia haver tanto para falar com um estranho... Conversamos sobre nada e tudo, tudo ao mesmo tempo, até valeu a pena matar aula.
       Agora, eu estava correndo. Tinha que chegar a tempo para a peça de Hanabi. Naruto me fizera esquecer as horas... Era a primeira pessoa que fazia isso.
       Por sorte cheguei lá antes do meu pai e peguei um bom lugar.
       Hanabi era a protagonista, fazia par com um garotinho de cabelos escuros bagunçados, eles pareciam ser amigos. Quando a peça acabou, eles estavam juntos, eu lhe entreguei flores e nós fomos para casa ouvindo os comentários dela sobre a peça e seus amigos. Especialmente aquele garotinho, Konohamaru.
       - E então, Hinata, como foi seu dia? Teve uma boa aula? – meu pai perguntou quando Hanabi se cansou de falar um pouco.
       - Foi tediante, como sempre... – menti
       - Hinata... – ele disse calmamente, mas eu notei sua sobrancelha entortar para dentro e os olhos se fecharem quando ele estacionou o carro. Estava contendo a raiva. – Hinata, como pode mentir tão naturalmente? – ele me encarou bravo – você não foi a aula! – quase gritou.
       Suspirei.
       - Cheguei muito atrasada e não me deixaram entrar... – expliquei
       - Poderia ter me ligado! Poderia ter voltado para casa! – ele se exaltou.
       - Não queria incomodar... – Na verdade nem tinha pensado nisso.
       - Acha que não me incomoda ao mentir para mim? – ele gritou.
       - É por isso mesmo que não digo quando minto... – murmurei.
       Hanabi riu baixinho.
       - O que? – ele gritou novamente.
       - Nada...
       Nós saímos do carro.
       - Hinata... – ele começou.
       Suspirei.
       - Eu sei, pai. – disse abrindo a porta e entrando – Conheço bem o sermão...
       - Vai ficar de castigo...
       - O que? Por que me atrasei? – me virei para encará-lo indignada
       Ele abriu a boca para falar, mas Hanabi o interrompeu.
       - Eu atrasei a Nee-san! – ela gritou entre nós
       Ambos a encaramos surpresos.
       - Hanabi... – meu pai começou delicadamente. – não tem motivos...
       - Pai! – ela o interrompeu – é serio, a nee-san estava indo e eu...
       - Hana... – eu disse baixinho. – não precisa me defender, esta tudo bem. Você não me atrasou. Pelo contrario, você foi quem me acordou... eu só sou um pouco preguiçosa e...
       - Não quero que briguem... – ela confessou.
       Sorri cheia de compaixão.
       - Hana, suba para o seu quarto esta bem? – meu pai pediu.
       Ela lhe lançou um longo olhar suplicante antes de subir as escadas.
       Ele se sentou no sofá e eu me sentei à frente dele.
       - Onde passou o dia, Hinata? – ele perguntou calmamente.
       Hesitei.
       - No Noon’s – Era apenas meia mentira.
       - Você não estava lá no almoço... – ele começou a se irritar novamente.
       - Nesse momento eu tinha saído para almoçar...
       - E voltou para lá depois, suponho...
       - É...
       Sua sobrancelha tremeu.
       - Neji esperou por você lá o dia todo. E eu procurei por você em cada restaurante na redondeza. – ele explicou – não minta para mim, Hinata.
       Suspirei.
       - Ok, um amigo me chamou para almoçar e eu aceitei...
       - Onde?
       Hesitei.
       - Na casa dele...
       Ele estava chegando ao seu limite.
       - E passou a tarde com ele?
       - Foi.
       - Passou a tarde inteira na casa de um garoto – ele estava começando a gritar – Como ousa...? Quem é esse amigo? Inuzuka Kiba?
       - hmm... éé... ãahn... – Como o loiro se chamava mesmo?
       - Quem, Hinata? – ele insistiu
       - ... ééé... Naa... Naa... – fechei os olhos e cocei a sobrancelha direita tentando me lembrar – não me lembro o nome dele...
       - QUEEEEEEEE?
       - Naruto! – sorri ao me lembrar.
       Meu sorriso se foi ao ver a expressão de meu pai.
       - Você nem se lembra do nome dele?
       - Naruto... acabei de dizer... – me defendi.
       - Naruto de quê?
       - Sobrenome? – me encolhi.
       - É!
       - hm, aí eu não sei... – massageei a nuca, sem jeito.
       - VOCÊ FOI À CASA DE UM ESTRANHO? – ele estava muito nervoso agora.
       - Que droga, pai, não aconteceu nada disso que você pode estar pensando, eu comi lamem com ele e nós conversamos a tarde toda... Só isso!
       - Ele podia ser um maníaco, podia ser um psicopata, e se ele fizesse alguma coisa a você...
       - Ahh, poupe-me, pai! – eu me levantei – Nós dois sabemos que eu ficaria mal, você ficaria mal, mas não é muito importante para o senhor! Ambos sabemos que você não se importa tanto assim. Sabemos que o motivo pelo qual ainda não me expulsou é porque o sangue que corre nas minhas veias é o mesmo que o seu e que isso não faria bem nenhum a sua imagem.
       Seu queixo caiu levemente. E eu subi para o meu quarto correndo, entrei e fechei a porta me jogando na cama e abraçando um travesseiro.

       Pouco tempo depois ele bateu na minha porta e entrou.
       - Hinata... – ele estava visivelmente mais calmo.
       Eu me sentei.
       - O que foi, pai? O senhor sabe que-
       Fui pega de surpresa pelo seu abraço.
       - É difícil, pra mim, lhe dar com você, filha... – ele confessou – Você se parece muito com a sua mãe... – ele riu baixinho – E é claro que eu me importo com você, Hinata, é claro que eu me preocupo. Eu a sufoco por medo, medo de perder você. Eu não suportaria perder você, já foi bem difícil com a sua mãe... – ele se afastou com as mãos nos meus ombros – Eu te amo, filha. Tanto quanto amo Hanabi. Apenas é mais fácil com ela porque ela tem mais de mim do que você... – ele sorriu tocando meu queixo – Me orgulho de você. Pego no seu pé porque você é o exemplo de Hanabi... Ela se espelha em você... – ele deixou suas mãos caírem – Apenas pense nisso, esta bem?
       Ele se virou para abrir a porta e sair, mas voltou a se virar para mim.
       - E você esta de castigo. Irei levá-la para a escola todos os dias até eu não achar mais necessário, virá direto para casa todos os dias depois da escola até eu achar que aprendeu a lição. Sem reclamações. – ele declarou e saiu fechando a porta atrás de si.
       Fiquei sentada na minha cama remoendo as palavras dele. Eu estava tão errada quanto me sentia? Pensei em mudar, mas o pensamento se foi rapidamente. Não estava disposta a tanto. Tomei um banho e me deixei cair na cama, cansada demais para sonhar.

       Acordei cedo por causa das batidas insistentes na porta do quarto.
       - Já levantei! – gritei irritada me sentando.
       Tomei um banho e me arrumei antes de descer as escadas e me juntar a minha família à mesa do café da manhã.
       Meu pai me levou a escola, como prometido e me lembrou de que eu devia ir direto para casa antes de eu sair do carro.
       Parte de mim lamentou por ter que ir a aula e desejou poder vê-lo novamente. Sim, o loiro ainda habitava a minha mente.
       Cheguei na sala ainda meio vazia e fui me sentar no meu habitual lugar ao lado da janela na penúltima carteira.
       Shino chegou logo depois de mim, me cumprimentou cordialmente e se sentou na carteira atrás de mim. Ele era um cara estranho, tanto quanto eu, usava roupas escuras, sempre com uma blusa com um gorro que ocultava seu rosto, os óculos escuros também não ajudavam muito. Ele era um cara legal apesar da estranheza, falava pouco, ouvia muito. Eu gostava dele. Não sentia necessidade de preencher cada silencio... Diferente de Kiba, que falava demais e não dizia nada, este era bonito, com seus cabelos castanhos e eu adorava seu sorriso, mas as vezes eu enjoava dele fácil demais. Ele era muito protetor... Como se eu fosse frágil demais... Uma bonequinha que podia se quebrar a qualquer movimento brusco.
       - Yo – Kiba chegou.
       Resmunguei um cumprimento e ele ficou me observando enquanto deixava a mochila sobre a carteira na minha frente e se sentava.
       - E então, onde foi ontem?
       - Noon’s – disse simplesmente.
       - Achei que não sabia o nome do lugar... – ele sorriu.
       - Sonhei com o nome...
       - Sonhou com o nome do café? – ele arqueou uma sobrancelha
       - É... – disse como se fosse a coisa mais natural de se sonhar
       Ele balançou a cabeça negativamente incrédulo e o sinal tocou.
       - Turma! – a professora chamou nossa atenção depois que todos se sentaram. – Esse é Uzumaki Naruto.
       Ergui os olhos para conhecer o novato e fiquei um pouco surpresa ao reconhecê-lo.
       Ele estava com as mãos nos bolsos, a camisa para fora da calça, com os primeiros botões abertos denunciavam seu jeito desleixado. Seus olhos varreram a sala e ele foi se sentar na frente de Uchiha Sasuke, ao meu lado. Olhei pela janela, fazendo meus cabelos escuros caírem formando uma cortina entre nós. Ele não pareceu me notar. Conversava baixinho com o Uchiha às vezes e permanecia em silencio a maior parte do tempo.
       Eu estava me sentindo um pouco tensa com a presença dele, fiquei grata quando o sinal do intervalo para o almoço tocou, ficaríamos separados agora, isso era relaxante. Mas apesar disso, eu me peguei procurando por ele no pátio enquanto Kiba e Shino comiam comigo debaixo de uma arvore grande.
       Eles ficaram surpresos quando me levantei repentinamente.
       - Vou ao banheiro, encontro você mais tarde... – eu disse sem conseguir mais me conter.
       Precisava encontrá-lo, matar minha curiosidade.
       Andei um pouco e logo me cansei. Me encostei na parede do prédio, observando as líderes de torcida treinarem com bastões no gramado. Era fácil me distrair observando os bastões girarem no ar e voltarem para as mãos delas.
       Uma delas, Haruno Sakura, ela tinha cabelos róseos e olhos sedutoramente verdes e era a segunda mais habilidosa do grupo, perdendo apenas para Temari, uma menina de cabelos loiros e olhos verde escuro que tinha um certo dom para a coisa de líder de torcida... A mais desastrada delas, era Yamanaka Ino, uma loira de olhos claros, sempre deixava o bastão cair na cabeça... Não levava jeito para a coisa, a coitada...
       Sem aviso, Sakura parou, deu um sorriso enorme e saiu correndo, eu a acompanhei com os olhos e a vi abraçar o loiro que eu procurava. Ele retribuiu seu abraço e seu sorriso com uma veracidade que eu não tinha visto nele antes. Ela lhe deu um beijo no rosto ao se separarem e os dois embarcaram num longo dialogo.
       Suspirei e dei-lhes as costas, indo para a sala.
       Vi a silhueta de alguém no corredor, encostado numa das paredes. Reconheci Uchiha Sasuke ao me aproximar. Ele não parecia feliz, na verdade, nunca parecia feliz... Isso me intrigava de certa forma.
       Me lembrei de um tempo em que eu passava tempo demais o observando, querendo descobrir o motivo de sua infelicidade, o motivo de sua frieza... Não podia ser só pela morte dos pais... Deveria haver um algo mais... às vezes ainda me prendia à ele, buscando desvendar seus segredos obscuros.
       - Hinata... – Ele me chamou quando passei por ele.
       Parei surpresa e me virei para olhá-lo.
       Ele se desencostou da parede e veio para o meu lado com as mãos nos bolsos.
       - sim? – hesitei.
       - Aquele trabalho...
       Aquele de biologia... Eu já tinha esquecido disso. E o professor havia sorteado os grupos e ele era meu parceiro nesse trabalho.
       - É para quando mesmo? – perguntei
       - Segunda... eu acho...
       - E hoje já é quinta-feira... – suspirei exausta - Podemos fazer o dia que preferir...
       - Amanhã...
       - Na minha casa – completei – Eu... – corei – estou meio que... de castigo...
       Os cantos dos lábios dele se ergueram um pouco.
       - Tudo bem... – ele retomou sua expressão de frieza.
       Comecei a andar e ele me acompanhou em silêncio. Parecia estar meditando sobre algo que o magoava.
       - Sasuke-kun? – hesitei
       Ele me encarou com seus olhos negros cheios de mistérios.
       - Você esta bem? – perguntei.
       Ele desviou os olhos.
       - Claro... – deu de ombros.
       Suspirei.
       Uchiha Sasuke era uma daquelas pessoas fechadas que não falam muito e não desejam amigos... Mas que ainda sim, envolvem você de uma maneira estranha e irresistível.
       Me lembrei de Sakura abraçando Naruto e me lembrei de que ela havia sido namorada de Sasuke... Os dois tinham terminado há pouco mais de uma semana... Eu os tinha visto juntos algumas vezes, numa destas vezes ele até sorrira... Mas tudo havia acabado de repente. Certo dia Sakura aparecera com os olhos vermelhos, olheiras e marcas de lagrimas no rosto nos cinco dias que se seguiram a separação. Quanto a Sasuke... bem, ele era muito reservado.
       Cheguei a conclusão de que a causa para aquele sentimento dele era o abraço de sua ex-namorada e seu, segundo minhas avaliações, melhor amigo. Tentei imaginar como eu me sentiria para entendê-lo melhor, mas era impossível para mim. A pessoa que eu amava não era real, eu nem conhecia seu rosto, e isso, quer queira quer não, limitava muito minha imaginação.
       Nós chegamos à sala em silencio e nos sentamos no mesmo silencio. Eu fiquei o observando por um longo tempo, admirando sua fisionomia, a pele clara demais, o nariz reto, perfeito, os olhos negros, frios, os lábios finos cobertos pelas mãos entrelaçadas, parecendo distante enquanto eu voltava a tentar decifrar seus enigmas.
       Eu não sabia explicar, mas de certa forma, ele me atraia, despertava minha curiosidade... Desviei meu olhar para o pátio lá fora quando seus olhos perceberam os meus, confesso que devo ter corado muito nesse momento. Sasuke era, inegavelmente, intimidador.
       Acabei me distraindo com o mundo fora daquela sala de aula que nem percebi quando entraram e quando a aula começou. Apenas me levantei e comecei a juntar minhas coisas quando o sinal para ir embora tocou.
       - Coincidência. – ouvi uma voz conhecida atrás de mim.
       Me virei e dei de cara com aqueles olhos azuis e aquele sorriso maravilhoso.
       - aah, é... – corei um pouco.
       - Você é bem quieta enquanto esta aqui, não é?
       - Talvez... – eu disse jogando a alça da bolsa sobre o ombro e indo para a saída.
       Ele me acompanhou.
       - Vai para o Noon’s? – ele perguntou casualmente
       - ãhn, não... Estou de castigo...
       - Aaah! – ele exclamou parecendo decepcionado.
       - Porque matei aula. – expliquei.
       Ele assentiu.
       - E o que vai fazer a tarde toda, então?
       - Morrer de tédio, provavelmente...
       Ele sorriu.
       - Eu estava esperando sua companhia hoje, mas... – lamentou
       - E Sakura? – não pude me conter.
       Ele sorriu.
       - É uma amiga, mas não é o tipo de pessoa que traz paz e faz você esquecer seus problemas...
       - Esse tipo de pessoa não existe.
       - Existe. – ele discordou.
       - Quando a pessoa se vai, os problemas retornam... – argumentei.
       - Não posso argumentar contra sua lógica. – ele suspirou derrotado.
       Sorri satisfeita. Adorava vencer.
       - Quando termina seu castigo? – ele quis saber.
       - Quando meu pai desejar... Semana que vem, provavelmente.
       - Provavelmente. – ele repetiu num tom de riso.
       - Eu não costumo ser muito precisa... – uni as sobrancelhas.
       - Notei.
       - Você é um cara estranho, Naruto – eu sorri.
       - Por quê? – ele pareceu surpreso
       Uni as sobrancelhas.
       - Não sei bem.
       Primeiro por vir falar comigo, segundo, por estar falando comigo e terceiro por parecer gostar disso.
       - Você é que é estranha. – ele disse sorrindo.
       - Por quê?
       - Bem, você faz de tudo para que não te notem, mas tem esse comportamento que chama a atenção de todos, você se auto-isola. Entra no Noon’s e vai direto para a mesa mais afastada assim como seu lugar na sala de aula. Você dá a impressão de não querer falar com ninguém e parece se aborrecer quando alguém fala com você... – ele sorriu – Você me lembra muito um certo amigo meu...
       - Quem?
       - Uchiha Sasuke – , que obvio.
       - Discordo sobre eu ser parecida com ele, alias, eu não me auto-isolo – contestei e nem era tão bonita e tão misteriosa quanto o Uchiha em questão.
       - Você foge das pessoas.
       - Não.
       - Sim.
       - Não estou fugindo...
       - E eu não sei porquê.
       Abri a boca para argumentar, mas voltei a fechá-la.
       Ele tinha razão, eu fugia dos sermões do meu pai, fugia da admiração de Hanabi, fugia de Kiba, fugia de Neji... Fugia até de mim mesma às vezes... E nunca quis me encontrar. Eu nunca tinha um objetivo. Eu sabia muito bem o que queria, mas não sabia o que era. Santo Deus! Isso soava tão problemático...
       - Para que lado é a sua casa? – ele perguntou quando alcançamos o portão da escola.
       - Direita – apontei ainda meio absorta nos meus pensamentos.
       - Posso acompanhar você até lá? – ele se ofereceu.
       - Pode ser meio longe...
       - Tudo bem.
       Começamos a caminhar.
       - Quando foi que me notou na sala de aula? – perguntei
       - No momento em que entrei. – ele deu de ombros. – estava esperando te encontrar lá...
       - Você não foi falar comigo...
       - Você não parecia disposta...
       - Então por que...?
       - Tive que tomar coragem. – ele explicou sorrindo travessamente.
       Bufei.
       - Eu sou fixinha perto do Uchiha...
       - Mas ele é meu amigo de infância...
       - E ele era mais receptivo quando criança?
       - Na verdade... – ele uniu as sobrancelhas – não. Mas eu só o conheci depois do incidente com os pais dele...
       - Deve ser realmente ruim perder alguém assim...
       Naruto ficou tenso.
       - Sinto muito... – me repreendi.
       Ele assentiu.
       - Vamos mudar de assunto... – pediu.
       Suspirei.
       - Como quiser...
       Conversamos pouco, nada especifico. Ele ficou chateado por eu ter tocado na sua ferida sem querer.
       Paramos em frente a minha casa.
       - Obrigada pela companhia...
       Ele sorriu.
       - Eu é que agradeço... Você me trás paz... É difícil achar isso...
       Os portões da mansão se abriram para deixar o carro luxuoso sair.
       - Hinata. – meu pai parou. – não se esqueceu do castigo, eu espero. – ele lançou um olhar longo e analítico à Naruto.
       - Não... eu só...
       - Quem é seu amigo? – ele me interrompeu.
       - Uzumaki Naruto, senhor – ele se apresentou.
       Meu pai ergueu uma sobrancelha, desconfiado.
       - Hyuuga Hiashi – disse.
       Naruto assentiu de uma forma respeitosa e se virou para mim.
       - Já estou indo, Hinata-san, - ele disse formal demais e me deu um beijo no rosto – foi um prazer, Hiashi-sama... – ele reverenciou – ja ne... – disse indo embora.
       - não estava indo trabalhar? – perguntei ao meu pai que ainda fuzilava as costas de Naruto.
       - Então, foi com ele que passou o dia ontem? – ele me encarou – não é um namorado, certo?
       Corei um pouco.
       - Claro que não!
       Ele assentiu desconfiado, ligou o carro e partiu.

> fim do terceiro capítulo       


2 comentários:

Anônimo disse...

já estamos no 05 no AS (não lembro como tá no Niah) e... awnnn, vocês postaram minha ficzinha *---* estou encantada, de verdade, espero que os que estiverem lendo estejam gostando... -]]

Dimensão Paralela disse...

Sim sim sim.. estamos postando uma vez por semana, para dar tempo de todo mundo ler ^^,
Acho que todos que estão lendo estão adorando! XD

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