...... Fanfiction - Como Num Sonho - Cap. 1

Konbanwa
(こんばんは)
Boa noite!!

Sábado é dia de Fanfiction no Dimensão Paralela! 

Vamos trazer a vocês, histórias que fãs fazem, usando personagens já conhecidos no mundo. Algumas fanfictions tem personagens de diversos mangás e animes misturados, outros apenas do mesmo autor.
Cada fanfiction vai vir com informações gerais sobre idade, classificação, autor e afins.
A cada Fanfiction terminada, iniciaremos outra pra mantermos sempre os sábados com histórias, ok?
Vamos começar acompanhando a Fanfiction : Como Num Sonho.
 Aproveitem a leitura! ^^,  

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Como Num Sonho

 



Sinopse:
Ele sempre estava lá, sempre olhando para o mar tortuoso, sempre de costas para mim, sempre nas sombras, só me era permitido ver seu perfil. Ele apenas ficava lá, parado, apenas seus cabelos se moviam ao vento. Eu não sabia quem ele era, eu não conhecia seu rosto, mas de alguma maneira indecifrável, eu o amava.

Classificação: +16
Categorias: Naruto
Gêneros: Amizade, Darkfic
Avisos: Álcool, Heterossexualidade
Personagens: Hyuuga Hanabi, Hyuuga Hiashi, Hyuuga Hinata, Uchiha Itachi, Uchiha Madara, Uchiha Sasuke, Uzumaki Naruto.
Autores: Ryuu_bwp, SasuHina_forum, SasukeHina_fans.

________________Capítulo 1_______________
       
       A aula estava um tédio, como sempre...

       Olhei pela janela, encostando minha cabeça no vidro a fim de apreciar a chuva lá fora e suspirei desejando estar correndo debaixo dela, sentindo a água fria escorrer pelo meu corpo quente... O que não daria para ser livre? Para ser como o vento... Para correr rebelde, rindo ao brincar nos cabelos dos outros. Eu queria uma vida livre e, de preferência, solitária, mas não porque eu gostava de estar sozinha e sim pela paz que a solidão proporcionava... A paz que eu sempre buscava ao não ir para casa depois da escola... aquela paz que me era muitas vezes negada quando eu estava com a minha família. 
       Eu tinha 16 anos, a pele muito clara, os olhos albinos, perolados e um corpo bem delineado, sem exageros em parte alguma, eu era o que eu gostava de chamar de: ‘proporcional’, mas o que eu mais gostava na minha aparência incomum era o que fazia dela incomum; os meus cabelos azulados, adorava o contraste chocante que faziam contra meu rosto, tornando-o aparentemente muito mais alvo do que realmente era. Eu tinha um estilo diferente, vestia camisetas mais largas, geralmente escuras, com a gola grande de modo que meus ombros ficassem à mostra, as vezes usava uma luva num braço só, contornava os olhos com lápis preto, aumentava os cílios com rimel, calças justas, do jeans mais escuro que pudesse encontrar, tênis converse, às vezes, uma saia com meias 7/8, às vezes sapatilhas pretas, tinha vários brincos nas orelhas, anéis nos dedos longos, vez ou outra vestia uma pulseira. Quem me visse de fora poderia me julgar uma estranha ocidental demais, uma roqueira, mas eu não era apesar de gostar de algumas musicas mais pesadas, isso não chegava aos pés do metal americano que feria meus ouvidos quando eu estava com Kiba, eu gostava de rock-pop, algo romântico, uma mistura de rock com eletrônico, as aberturas dos animes que eu gostava sempre me agradavam muito. Eu era fã de Shakespeare, mangas shoujo e shounen gótico, eu odiava karaokês, odiava me expor demais e odiava a escola de um modo quase geral, salvaria apenas as minhas adoradas aulas de artes, literatura, historia e filosofia que eram as mais interessantes e as únicas que eu podia dizer que realmente entendia.
Em resumo, eu não era uma boa aluna, não era uma atleta, não era um gênio, não era uma boa amiga, não era uma boa filha e nem uma boa irmã. E simplesmente, eu não estava disposta a melhorar isso.

Quando o sinal tocou, a ‘sinfonia’ das pessoas guardando o material começou. Plof plof plof plof... Eu odiava isso. Por que a pressa? O que os aguardava em casa? Suspirei. Com certeza, algo que eu não tinha.
      Todos já tinham dado o fora quando terminei de guardar os meus pertences e sai da sala a passos lentos, uma lentidão completamente desnecessária, era como ir para a forca, mas eu sabia muito bem que estava fazendo drama, não era tão terrível assim... não pior que aquelas aulas. ‘Você deveria ser normal, Hinata’‘Sabe? Sair correndo da escola como quem foge do diabo... Você devia ser mais parecida com eles...’ ... Talvez eu devesse mesmo. Mas como foi dito, mudar não era minha intenção e agradar não era necessário. disse a mim mesma mentalmente.
       Sai para o pátio e senti a chuva sobre a minha cabeça encharcando os meus cabelos com seus pingos grossos. Eu amava aquela sensação... Era como purificar a alma... Alma... Talvez isso fosse exagero. Eu não acreditava em coisas assim. Eu não acreditava em coisas relacionadas à alma... ‘almas gêmeas’ ou coisa parecida, era tudo tão dramático e sentimental! Deus... Também não acreditava nisso. Não acreditava e nem acreditava que não. Eu era meio... meio... Indecisa! Sim, essa palavra me descrevia bem. Afinal, se ele existisse ou não... isso não importava eu era o que costumam chamar de agnóstico, mas eu não precisava de uma resposta, eu simplesmente, sinceramente, profundamente, não me importava. Eu não deixaria de fazer coisas por medo do inferno, não acreditava que isso era o certo. Eu acreditava que você deve impor a si mesmo suas próprias regras, acreditava que devia devolver a caneta do colega do lado porque era o certo, sem interesse, sem medo de punição, apenas porque era a coisa mais racional a ser feita. E eu, eu era um ser racional, apesar de tudo, eu sabia que impor leis à si mesmo era a única liberdade possível. Era frustrante entender coisas assim enquanto os outros se importavam apenas com suas coisinhas fúteis.

       Quando cheguei ao portão, encontrei Neji, meu primo perfeito, de pé ao lado do seu fabuloso carro esportivo se protegendo da chuva com um guarda-chuva preto. Suspirei.
       Neji era um cara bonito, descolado, cursava o primeiro ano de engenharia civil, logo, seria contratado pela empresa da família, ganharia um ótimo salário e então, se nos casássemos, ele comandaria a empresa, substituindo meu pai. E lá estava ele, seus cabelos castanhos balançando ao vento, um sorriso maroto nos lábios e um olhar que dizia ‘bem vinda, amor’ como se ao seu lado fosse o meu porto seguro, o lugar à qual sempre pertenci. Mas não era.
 Hyuuga Neji; meu primo, meu ex-namorado. Mas é uma longa historia... talvez eu conte mais tarde...
       - O que faz aqui? – inquiri.
       Ele caminhou até mim me acolhendo sob seu guarda-chuva.
       - Esta chovendo, Hinata – ele revirou os olhos – vim te buscar...
       Recuei um passo. Já estava bem molhada, era tarde demais para me proteger.
       - Eu não pedi carona. – disse me virando para ir embora.
       Ele xingou baixinho, correu para o carro e me alcançou com o veiculo, dirigindo perto da calçada bem devagar enquanto eu caminhava à passos largos e rápidos. As pessoas nunca se tocam quando estão sendo evitadas.
       - O que pensa que esta fazendo? Não devia ficar grata por eu vir buscá-la?
       - Não! – eu disse sem olhar para ele – Eu nunca te pedi nada, não espere gratidão. Você não é mais meu namorado. Terminamos ontem se lembra? Você devia estar em casa com raiva de mim! – eu o lembrei.
Mas não, seria fácil demais se ele simplesmente me deixasse em paz como eu queria.
       - Você ainda é minha prima. – ele me lembrou – Agora entre na droga do carro, Hinata! – ele exigiu.
       - Não! – dei-lhe a língua.
       - Hinata! - ele se irritou.
       - Me deixe em paz, Neji! – mandei e comecei a correr.
       Corri até o fim da rua para uma praça e depois entrei por outra rua, e outra, e outra, e então outra praça para despistá-lo. Depois voltei andando devagar até a primeira praça, as arvores eram abundantes ali, um lugar de namorados, um lugar muito bonito. Eu sabia onde minhas pernas estavam me levando, estava indo ao meu lugar preferido no mundo todo. Aquele antigo café... Eu não sabia o nome... Lembrava de estar ali com a minha mãe algumas vezes... sempre tomava um chocolate quente ali, ou um suco nos dias quentes.
       Entrei pelas portas de vidro, sem olhar o nome do lugar. O nome nunca me interessou, apenas gostava do ambiente. Esfreguei os pés sujos no tapete, já tinha torcido os cabelos lá fora e não estava mais pingando. Me sentei numa mesa afastada perto da janela, onde eu sempre me sentava, pedi um chocolate quente para a garçonete de sempre e abri um livro.
       Queria me distrair. Definitivamente, Neji me irritava.
       - Com licença, - ouvi uma voz masculina pedir e ergui os olhos para ver quem era. – Tem alguém sentado aqui? – o garoto loiro de olhos azuis brilhantes perguntou.
       - Não... – eu disse voltando a minha leitura.
       Ele se sentou a minha mesa e pediu um café. Ergui os olhos para ele. Achei que só queria pegar a cadeira...
       Ele suspirou tirando suas luvas de couro e pousou seu olhar sobre mim.
       - As outras mesas estão cheias – explicou ao notar meu incomodo com sua presença.
       Olhei em volta. Nem tinha percebido a grande quantidade de pessoas. Por isso meu chocolate quente ainda não tinha chegado?
       - Tudo bem... – resmunguei a contragosto voltando à leitura.
       - Que idade você tem? – ele me interrompeu.
       Suspirei e fechei meu livro de uma forma um pouco grosseira. Mas ele não se intimidou nem um pouco, pelo contrario, sorriu divertido.
       - Tenho 16. – Eu disse.
       - Só? Quando faz aniversário?
       - Em novembro. – arqueei uma sobrancelha. – Você não parece muito mais velho que eu.
       - Tenho 17 – ele disse sorrindo – fiz em junho... dia 3 – baixou os olhos parecendo recordar algo triste.
       Estranhei a reação mas não perguntei. Eu não era tão atrevida assim...
       Houve um longo momento de silencio antes dele dizer alguma coisa.
       - Você parece um pouco... – ele me analisou.
       - Mau-humorada? – adivinhei.
       - É... – sorriu um pouco.
       Eu sempre acertava essa.
       - Eu fico assim às vezes... – dei de ombros.
       - Com freqüência?
       - Quase todo dia... – assenti.
       - Incrível... – o café dele chegou junto com meu chocolate quente.
       Eu tomei um grande gole, sentindo o liquido quente arder na minha língua e aquecer meu corpo de dentro pra fora, suspirei deliciada e sorri.
       - Gosta? – ele gesticulou para minha xícara.
       Era obvio.
       - É uma pergunta bem obvia... – Eu fui sincera enquanto dava mais um grande gole.
       Ele semicerrou os olhos e bebericou o café.
       - Você tem um gênio e tanto... – comentou.
       - Já me disseram isso. – dei de ombros limpando o bigode feito pelo leite. – Você gosta de café? – perguntei mudando de assunto.
       - É o que parece, não é? – ele rebateu.
       - Na verdade, não. – dei de ombros.
       Ele revirou os olhos.
       Meu celular tocou. Uma mensagem. Eu a abri, era Neji... ‘Eu sei onde você esta’ dizia a mensagem.
       - Droga – murmurei.
       - O que disse? – o loiro ergueu as sobrancelhas.
       - Nada... – olhei para todos os lados procurando-o.
       - Você é paranóica também?
       - Não... eu... – Vi Neji entrar no recinto. – Droga – disse um pouco mais alto, me levantei, coloquei meu livro na bolsa tirando o dinheiro e deixando-o sobre a mesa.
       Infelizmente, meu querido primo me encontrou antes que eu pudesse sair despercebidamente e veio até mim.
       - Droga... – repeti.
       - Ai esta você... Rodei tempo demais te procurando, seu pai já me ligou três vezes! - ele me contou quase me puxando pelo braço como uma prisioneira fugitiva.
       - Neji...
       - Quem é você? – ele se virou para o garoto loiro que o encarava com estranheza.
       - Eu não vim me encontrar com ele, Neji – revirei os olhos me levantando – Nem sei o nome dele... – ele segurou meu braço com mais firmeza – Solte meu braço! – mandei me desprendendo dele.
       - Ela tem razão eu...
       - Não sabia que ela tinha namorado, não é? – Neji o interrompeu me fazendo corar.
       O loiro não conseguiu reprimir o sorriso.
       - É... – ele riu um pouco. – Desculpe, cara...
       Neji lhe lançou um olhar mortal.
       Suspirei.
       - Não faça uma cena, sabe que odeio isso. – eu disse a ele. – vamos embora. – eu o puxei para longe daquela mesa.
       Nós saímos do lugar, ambos irritados. Bati a porta do carro furiosa quando entrei.
       - Heeeei ! – ele me repreendeu.
       - Que foi ? – perguntei asperamente.
       - Eu paguei caro nesse carro!
       - Meu namorado! – ergui as mãos e as deixei cair no meu colo, irritada
       Ele fez uma careta.
       - Ele não servia pra você mesmo... – deu de ombros.
       - E você serve?
       - É claro...
       - Que não! – completei sarcástica.
       - Quem serve então? Aquele cara que aparece nos seus sonhos? – ele se irritou – Isso é ridículo. E você sabe!
       - Não cabe a você decidir! – disse brava por ele ter citado os meus sonhos.
       É claro, eu havia contado a ele sobre isso. Sobre o garoto sem rosto com quem eu sonhava todas as noites a três anos. No inicio, ele era apenas uma sombra, mas ao passar do tempo, ele foi ficando mais claro, e agora, eu o via numa praia, sempre de noite e sempre sob chuva, ele estava sempre lá, parado, olhando para o mar, seu sobretudo preto esvoaçando ao vendo assim como os cabelos que pareciam ser escuros e lhe cobriam as orelhas... Ele nunca olhava para mim e nunca havia luz sobre ele.
       Neji estacionou o carro em frente à mansão e eu não esperei por ele para sair do carro. Bati a porta novamente e corri para dentro da casa batendo a porta da frente atrás de mim.
       - Neji-san não esta com você? – Hanabi perguntou.
       Ela estava parada na minha frente ainda vestindo o uniforme da escola só com as meias nos pés.
       Bufei.
       - Ele já vai entrar. – eu fui até as escadas.
       - Hinata! – ouvi meu pai chamar antes de subir o primeiro degrau.
       Suspirei e me virei para encará-lo.
       - Pai...
       - Por que não veio com Neji depois da aula?
       - Porque eu não precisava de carona...
       - É por isso que esta toda molhada?
       - Desculpe se estou molhando o assoalho... Vou para o meu quarto e parar de causar problemas – subi três degraus rapidamente antes de ele voltar a me chamar.
       - Hinata – ele suspirou – Por que faz isso?
       - Subir para o meu quarto?
       - Criar problemas! – ele se exaltou. – Por que não podia simplesmente vir com Neji até em casa? Perdi uma reunião importante e...
       - Eu nunca te pedi para deixar o trabalho. – interrompi rispidamente.
       Ele ficou sem palavras e eu subi para o meu quarto batendo a porta e deixando meu corpo escorregar até me sentar no chão abraçando minhas pernas. Eis a minha prisão.


> fim do primeiro capítulo

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